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Piora o quadro de saúde do cantor Hungria; da UTI, seu estado é divulgado

O rapper Hungria, de 34 anos, foi internado nesta quinta-feira (2) em Brasília (DF), após apresentar sintomas graves de intoxicação por possível ingestão de bebida adulterada. O artista, que é um dos nomes mais influentes do rap nacional, foi levado às pressas ao Hospital DF Star, onde permanece na UTI. Segundo informações confirmadas por sua assessoria de imprensa, ele já está em tratamento com sessões de hemodiálise e também recebe doses de etanol, uma das medidas recomendadas em casos de suspeita de envenenamento por metanol. Apesar da gravidade da situação, a equipe médica reforça que o tratamento ocorre “por precaução, conforme indicação médica”.

O quadro clínico do cantor gerou grande apreensão entre fãs e familiares. Hungria chegou ao hospital apresentando fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e um quadro de acidose metabólica — condição em que o sangue se torna excessivamente ácido, podendo comprometer funções vitais. De acordo com a assessoria, ele já havia sido admitido diretamente na UTI justamente pela necessidade de iniciar a hemodiálise. Até o momento, os médicos não confirmaram oficialmente a presença de metanol no organismo do artista, mas a suspeita é considerada plausível, já que o país tem registrado um aumento preocupante de casos semelhantes nos últimos meses.

O caso do rapper chama atenção para um problema crescente no Brasil: a circulação de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente à base de metanol, um produto altamente tóxico e que pode causar sequelas irreversíveis ou até a morte. Apenas no estado de São Paulo, o Ministério da Saúde já confirmou 10 casos de intoxicação por metanol em 2023, além de outros 29 ainda em investigação. Entre os episódios mais graves, uma mulher perdeu a visão e uma morte foi registrada. Em diferentes pontos do país, outros quatro casos semelhantes estão sendo apurados pelas autoridades. O alerta, portanto, não se restringe apenas à capital paulista, mas ganha alcance nacional.

De acordo com informações obtidas pela revista Quem, Hungria consumiu vodca na residência de um amigo, em Brasília, durante a madrugada da última quinta-feira. Poucas horas depois, começou a sentir os sintomas que se agravaram rapidamente, levando à internação de urgência. O médico responsável por acompanhá-lo, Leandro Machado, destacou que o paciente está em investigação clínica para determinar a real origem da intoxicação. Em nota, o Hospital DF Star afirmou que “foi iniciado tratamento especializado e, no momento, o paciente está em investigação da etiologia do quadro”. A condução cuidadosa do tratamento reforça a preocupação da equipe médica em evitar complicações.

A assessoria de Hungria também citou, em comunicado, a onda recente de internações relacionadas a bebidas clandestinas, especialmente em São Paulo. Produtos como vodca, gin e whisky adulterados têm sido vendidos ilegalmente, colocando em risco milhares de consumidores. A intoxicação por metanol, substância química usada em solventes e combustíveis, ocorre porque o organismo humano o converte em ácido fórmico, altamente tóxico para o sistema nervoso e para os rins. Entre os efeitos mais graves estão a cegueira irreversível, falência renal e morte, caso o tratamento não seja iniciado rapidamente.

Com o estado de saúde ainda delicado, Hungria precisou adiar os shows que faria neste fim de semana. A equipe do cantor garantiu que as apresentações serão remarcadas em novas datas, mas reforçou que, neste momento, a prioridade é a recuperação plena do artista. A notícia abalou fãs em todo o país, que rapidamente se mobilizaram nas redes sociais para enviar mensagens de apoio e solidariedade. “Força, Hungria” chegou a ser uma das expressões mais comentadas em plataformas digitais ao longo do dia, refletindo a preocupação do público com o estado de saúde do rapper.

Apesar do susto, a assessoria tranquilizou os admiradores ao afirmar que Hungria “permanece em acompanhamento e já está fora de risco iminente”. A situação serve de alerta não apenas para a carreira do artista, mas também para a sociedade em geral: o consumo de bebidas de procedência duvidosa pode custar caro. Em meio ao aumento de casos de intoxicação por metanol no Brasil, especialistas recomendam que a população só adquira bebidas alcoólicas em estabelecimentos confiáveis, sempre verificando rótulos, selos de autenticidade e a integridade da embalagem. A luta de Hungria contra esse grave quadro de saúde, além de comover seus fãs, evidencia um problema de saúde pública que exige maior fiscalização, campanhas de conscientização e, sobretudo, cautela por parte dos consumidores.