Após desmaiar em luta contra Popó, chega notícia sobre Wanderlei Silva

O mundo das lutas foi sacudido no último sábado (27) durante o Spaten Fight Night 2, evento que prometia ser uma celebração esportiva, mas terminou em confusão e hospitalização. A aguardada luta de boxe entre Wanderlei Silva e Acelino “Popó” Freitas não apenas dividiu opiniões sobre o resultado, mas também escancarou a rivalidade fora do ringue. Neste domingo (28), o ex-campeão de MMA, conhecido como “Cachorro Louco”, finalmente quebrou o silêncio e apresentou sua versão sobre a briga generalizada que tomou conta da arena logo após o fim do combate.
Em vídeo publicado no Instagram, Wanderlei apontou diretamente o dedo para Popó e seu estafe, responsabilizando-os pelo tumulto que interrompeu o clima esportivo. O ex-lutador de MMA, que fez história no Pride e entrou para o Hall da Fama do UFC, destacou que foi desclassificado por golpes ilegais, mas reforçou que isso não justificava a postura hostil do adversário e de sua equipe. “Como todo mundo viu nas gravações, o time do Popó invadiu o ringue depois do resultado. Eles vieram para cima da gente, mostrando o dedo para a gente e xingando, como fizeram a semana toda”, disse Silva.
O episódio ganhou contornos ainda mais graves quando Wanderlei revelou ter sido vítima de agressões que o levaram a perder os sentidos. Segundo seu relato, ele foi atingido por dois socos – um na nuca e outro no olho – que o derrubaram no ringue. “Em momento nenhum eu tentei agredir ninguém. Eu estava lá separando a confusão e, de repente, tomei um soco na nuca, depois outro no olho. Fui covardemente agredido”, desabafou. O ex-lutador ainda relatou que precisou ser encaminhado a um hospital após o ocorrido e segue enfrentando fortes dores de cabeça.
O desdobramento não apenas acende um alerta sobre a segurança nos eventos esportivos, como também mancha o prestígio do Spaten Fight Night, torneio que vinha ganhando notoriedade ao reunir grandes nomes do esporte em duelos inéditos. A briga generalizada, amplamente registrada em vídeos que circularam nas redes sociais, gerou debates acalorados entre fãs, jornalistas e especialistas sobre os limites da rivalidade e a responsabilidade dos organizadores em garantir que episódios como esse não ocorram.
A repercussão foi imediata. No universo digital, o vídeo de Wanderlei rapidamente se espalhou, gerando uma onda de apoio ao ex-campeão, mas também críticas à sua postura durante a luta. Enquanto parte do público acusa o veterano de ter provocado a confusão com golpes ilegais que resultaram em sua desclassificação, outros enxergam na atitude do estafe de Popó uma clara tentativa de intimidação e violência desnecessária. Essa polarização de opiniões reforça o impacto que o episódio terá nos próximos passos da carreira de ambos os atletas.
Para além da rivalidade momentânea, o caso reacende a discussão sobre o futuro dos eventos que apostam no entretenimento como combustível principal. O Spaten Fight Night nasceu como uma proposta ousada, misturando nomes históricos do boxe e do MMA em lutas que mexem com a nostalgia e a curiosidade do público. Contudo, incidentes como o deste sábado colocam em risco a credibilidade e afastam potenciais patrocinadores, além de expor os próprios atletas a riscos além do aceitável no esporte.
Enquanto Wanderlei Silva se recupera e promete tomar medidas contra os envolvidos, o silêncio de Acelino “Popó” Freitas e de sua equipe só aumenta a expectativa por uma resposta oficial. O próximo capítulo dessa rivalidade promete ser decisivo não apenas para os dois lutadores, mas também para a imagem de um evento que busca se consolidar no calendário esportivo nacional. O que era para ser uma noite de celebração virou caso de polícia e debate público, deixando no ar uma pergunta que ecoa entre fãs e especialistas: até que ponto vale transformar rivalidade em espetáculo?





