Geral

Após prisão de Bolsonaro: Notícia calorosa para direita é confirmada

A movimentação política em São Paulo ganhou um novo capítulo nesta última semana, e não passou despercebida pelos bastidores de Brasília e do noticiário nacional. Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, solicitou sua exoneração do cargo de assessor especial do governador Tarcísio de Freitas. A decisão, que deve ser oficializada no Diário Oficial do Estado nos próximos dias, ocorre em um momento delicado para o círculo familiar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diego ocupava o posto desde o início da gestão de Tarcísio, em janeiro de 2023, e durante esse período atuou diretamente na área de comunicação, especialmente na estratégia digital do governo paulista. Quem acompanha a movimentação política nas redes sociais provavelmente já cruzou com conteúdos ou campanhas que passaram por sua coordenação. Profissionais próximos comentam que ele era uma das peças-chave na articulação de iniciativas online, um terreno que ganhou ainda mais relevância desde as eleições de 2022.

Segundo fontes do Palácio dos Bandeirantes, Diego deixou o cargo para se dedicar a trabalhos voltados às eleições do próximo ano. Ele teria manifestado, ainda nos últimos meses, o desejo de atuar mais diretamente nesse cenário, especialmente no segmento de mídias digitais — área em que já vinha concentrando sua energia. O salário, de R$ 22,6 mil mensais, reforçava seu papel estratégico dentro da equipe de Tarcísio, que investe fortemente na presença digital como ferramenta de diálogo com o público.

A saída ganhou repercussão imediata, principalmente por ocorrer logo após a prisão de Jair Bolsonaro, cunhado de Diego. A proximidade temporal entre os dois fatos naturalmente levantou especulações, mas aliados afirmam que a decisão já vinha sendo amadurecida havia semanas. Ainda assim, é inegável que o contexto adicionou peso político ao anúncio.

Em nota enviada à imprensa, Diego adotou um tom conciliador e respeitoso. “Após três anos de dedicação como assessor especial do governador Tarcísio, tomei a decisão de deixar o cargo. Saio com sentimento de dever cumprido e gratidão ao governador, de quem guardo profunda admiração e respeito”, afirmou. A mensagem, compartilhada por interlocutores próximos, reforça a imagem de uma saída planejada e cordial.

Tarcísio, por sua vez, não comentou publicamente a exoneração até o momento, mas integrantes da administração paulista tratam o assunto como um movimento natural dentro de um ano pré-eleitoral. É comum que assessores, especialmente os ligados à comunicação, deixem seus cargos para participar de campanhas ou prestar consultoria na área.

Nos corredores da política, cada saída, por menor que pareça, costuma gerar leituras diversas. Há quem veja o movimento como sinal de reestruturação dentro do governo paulista. Outros apontam apenas para uma mudança de rota profissional, típica de nomes que já atuam há anos em redes sociais e marketing político.

Independentemente da interpretação, a saída de Diego Dourado simboliza mais uma peça se movendo em um tabuleiro político bastante agitado. Com o ano eleitoral se aproximando, novas mudanças devem ocorrer não apenas em São Paulo, mas em diversos estados. Para quem acompanha de perto a política brasileira, os próximos meses prometem cenários dinâmicos — e pautas que certamente ainda vão render muitos desdobramentos.