Atitude de Michelle Bolsonaro deixa apoiadores do ex-presidente furiosos: ‘Um absurdo’

A ex-primeira dama está na região Norte do Brasil cumprindo várias agendas.
Movimentações políticas envolvendo nomes de destaque do cenário nacional frequentemente geram reações intensas, especialmente quando expectativas de participação em eventos públicos não se concretizam.
Foi o que ocorreu após a decisão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro de não comparecer à manifestação marcada para este domingo na Avenida Paulista, em São Paulo. A ausência da principal figura feminina do núcleo bolsonarista no ato repercutiu fortemente entre apoiadores e parlamentares aliados.
O evento tem como foco a defesa de pautas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas à atual gestão federal.
Com Bolsonaro impedido de sair de Brasília por determinação do STF, a expectativa era de que Michelle assumisse um papel de destaque na mobilização. Contudo, ela manteve sua agenda previamente definida e viajará ao Pará, onde participará de um encontro do PL Mulher, em Marabá.
A recusa em comparecer à manifestação gerou reações variadas entre aliados do ex-presidente. Alguns demonstraram perplexidade inicial, que logo se transformou em insatisfação.
Parlamentares do PL consideraram a decisão um sinal de distanciamento político, levantando hipóteses sobre possíveis interesses pessoais de Michelle em construir uma trajetória mais independente.
Um parlamentar do Partido Liberal afirmou à coluna do Jornal Folha de S. Paulo, que a atitude da ex-primeira-dama é: “um absurdo”. Este é o tom dos apoiadores de Bolsonaro em relação a Michelle.
Outros sugerem que a postura pode estar relacionada à necessidade de se preservar diante de um momento de instabilidade política para a direita.
Esse não é o primeiro episódio em que a ex-primeira-dama opta por não se envolver diretamente em momentos considerados cruciais por aliados do ex-presidente.
Tal comportamento tem sido interpretado por alguns como uma estratégia de cautela, diante de um cenário jurídico e político cada vez mais sensível.
A ausência também se soma à de outras figuras importantes, como o governador Tarcísio de Freitas, que alegou questões de saúde para justificar a falta.
O esvaziamento simbólico do palanque representa mais do que um simples revés logístico: reflete as dificuldades de coesão dentro do grupo bolsonarista em meio às pressões judiciais e aos desafios para manter sua base mobilizada.
A decisão de Michelle Bolsonaro pode indicar uma nova fase em sua atuação pública, possivelmente mais voltada à construção de uma identidade política própria.
Ao mesmo tempo, evidencia os dilemas enfrentados pelo grupo ao tentar manter uma agenda ativa em meio ao avanço de processos judiciais contra seu principal líder.