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Casei-me três vezes e, em cada casamento, tentei ser a esposa perfeita. Agora, tenho medo da solidão.

Meu nome é Laura, tenho 55 anos e passei por três casamentos, tentando em cada um deles ser a esposa perfeita: atenciosa, cuidadosa e apoiadora. Meu primeiro marido me deixou, dizendo que estava cansado de me ver apenas cozinhando e sem fazer mais nada. Naquela época, eu não entendia o que era necessário para realmente agradar um homem. No final, fiquei sozinha com dois filhos.

Meu segundo marido apareceu na minha vida quando achei que já sabia como construir um relacionamento. Mais uma vez, me dediquei completamente, tive filhos e tentei ser a esposa ideal. Mas desta vez, tudo foi muito mais difícil — não tínhamos dinheiro, ambos trabalhávamos duro para conseguir pagar as contas no fim do mês. Depois, fiquei doente.

E foi então que vi quem realmente estava ao meu lado. Meu marido não gostou do fato de que eu estava doente e que não conseguia mais acompanhar o ritmo dele. Ele me abandonou, deixando-me sozinha com as crianças e escolhendo outra mulher.

Com meu terceiro marido, a história se repetiu. Apoiei-o, ajudei-o a organizar sua vida, trabalhei e dei a ele grande parte do meu salário. Mas ainda assim, não fui suficiente para ele. Recentemente, ele me disse que eu estava descuidada, que envelheci e que não me cuidava mais.

E isso vindo de um homem apenas três anos mais novo do que eu! Ele se vê como jovem e cheio de energia, enquanto me considera quase acabada. Fiquei magoada e parei de apoiá-lo financeiramente. Então, ele disse que eu era gananciosa e ingrata.

Fico me perguntando se o homem não deveria ser o apoio e a base da família. Mas não posso mais suportar essa situação. Passei muitos anos ao lado dele, o apoiei, mas agora entendo como é difícil ficar sozinha.

Mesmo assim, sei que essa é a melhor decisão. Não posso mais viver em um relacionamento onde não sou valorizada e respeitada. Preciso aprender a me valorizar e ser feliz, mesmo que isso signifique seguir sozinha na vida.