Geral

Deu o que falar: Olha só o que o Pablo Marçal disse sobre Bolsonaro

Durante uma palestra recente, o empresário e influenciador político Pablo Marçal fez uma declaração que repercutiu fortemente nas redes sociais e nos bastidores da política nacional. Segundo ele, mesmo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pudesse disputar as eleições de 2026, não teria chances de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala, carregada de franqueza e provocação, levantou debates sobre o futuro da direita brasileira e a força política que Lula ainda exerce após décadas de carreira.

Em tom de análise, Marçal afirmou que Bolsonaro “tomaria um cacete do Lula”, destacando que o petista hoje tem a estrutura do governo a seu favor. “Na minha visão, Bolsonaro, mesmo elegível, ele voltando, ele perde. Toma um cacete do Lula. Porque Lula, voltando da cadeia, sem máquina na mão, ganhou dele. Agora, Lula trocando 35 ministros de tribunais superiores… Lula com a máquina na mão. Lula, na última eleição da vida dele, vai perder para o Bolsonaro? Vocês acham que perde?”, questionou o empresário, provocando aplausos e risadas do público presente.

A declaração de Marçal toca em um ponto sensível da política brasileira: o desgaste da imagem de Bolsonaro desde o fim de seu mandato e o fortalecimento da base de Lula, especialmente entre setores que voltaram a enxergar no petista um símbolo de estabilidade e poder. Para muitos analistas, o empresário apenas verbalizou o que parte do eleitorado conservador teme — a falta de uma liderança de direita capaz de rivalizar com Lula em 2026.

Marçal, que tem se tornado uma figura de destaque entre os novos nomes da política nacional, disputou a Prefeitura de São Paulo em 2024 pelo PRTB e terminou em terceiro lugar no primeiro turno. Sua campanha foi marcada por um discurso voltado à renovação política, forte presença nas redes sociais e críticas tanto à esquerda quanto à velha guarda da direita. Apesar de ter buscado apoio de Bolsonaro durante a corrida municipal, o empresário agora adota um tom mais independente, mirando um eleitorado que busca “alternativas fora do sistema”.

A fala sobre Lula e Bolsonaro, no entanto, não parece ter sido apenas uma provocação. Marçal vem tentando consolidar sua imagem como uma voz “realista” dentro da direita — alguém disposto a dizer o que muitos preferem calar. Ao destacar que Lula tem a “máquina na mão” e o apoio institucional de dezenas de aliados, o empresário também sugere que a disputa de 2026 já começa em desvantagem para qualquer opositor, especialmente se Bolsonaro continuar inelegível.

Nas redes sociais, o comentário gerou reações polarizadas. Eleitores de Lula comemoraram a fala como um reconhecimento público da força do atual presidente. Já bolsonaristas criticaram Marçal por “desrespeitar” o ex-presidente e o acusaram de tentar se promover às custas da direita tradicional. “Traidor”, “isentão” e “vendido” foram alguns dos termos mais usados em publicações que circularam em grupos políticos e perfis de apoio a Bolsonaro. Ainda assim, o nome de Marçal voltou aos trending topics, reforçando sua habilidade de gerar engajamento — uma das armas mais valiosas na era digital.

Com o cenário político ainda distante, mas já em ebulição, as declarações de Pablo Marçal acendem um alerta dentro do campo conservador. Sem uma liderança consolidada e com Bolsonaro fora do páreo, a direita busca novas figuras capazes de enfrentar a força do lulismo em 2026. Marçal, com seu discurso direto e estratégico uso das redes sociais, tenta ocupar esse espaço — mesmo que para isso precise desafiar o mito que um dia tentou seguir.

Se suas previsões se confirmarão ou não, ainda é cedo para dizer. O que é certo é que a fala de Pablo Marçal expõe, com clareza, a principal incerteza da política brasileira hoje: quem será capaz de enfrentar Lula nas urnas, caso o atual presidente decida disputar seu último mandato? Até lá, a guerra de narrativas segue firme — e, como sempre, será travada tanto nas ruas quanto nas timelines.