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Encontradas sem vida dentro do apartamento, mãe e filha morrem por intoxicação

Uma tragédia abalou a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de 10 de outubro de 2025. A modelo e influenciadora digital Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e sua filha adolescente, Miana Sophya Santos, de 15 anos, foram encontradas mortas no apartamento onde moravam, no 11º andar de um condomínio de luxo. Vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar após sentirem um forte odor vindo do imóvel, que estava trancado e sem sinais de arrombamento.

A Polícia Civil, por meio da 16ª DP (Barra da Tijuca), confirmou, com base no laudo pericial e nos exames toxicológicos, que a causa das mortes foi intoxicação aguda por monóxido de carbono. O gás letal teria vazado devido a problemas na instalação interna de gás do apartamento, embora a origem exata do defeito ainda esteja sob investigação. Não foram encontrados indícios de violência ou de terceiros envolvidos no local.

Lidiane, natural de Santa Cecília, em Santa Catarina, havia se mudado para o Rio anos antes em busca de oportunidades na carreira de modelo. Assinada pela agência 40 Graus Models, ela também cursava Medicina na Unigranrio e mantinha uma presença ativa nas redes sociais, com mais de 50 mil seguidores. Miana, sua única filha, havia se juntado à mãe recentemente, deixando a cidade natal para viver na capital fluminense.

A última vez em que mãe e filha foram vistas com vida foi cerca de quatro a cinco dias antes da descoberta dos corpos. Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram as duas entrando no prédio, mas não há registros de saídas posteriores. O monóxido de carbono, inodoro e incolor, age de forma silenciosa, causando sonolência, confusão e morte por asfixia sem que as vítimas percebam o perigo.

Os corpos foram liberados pelo Instituto Médico Legal e transladados para Santa Cecília, onde ocorreram o velório e o sepultamento no dia 12 de outubro. Familiares, amigos e colegas de profissão lotaram o local em uma despedida marcada pela comoção. O caso reacendeu alertas sobre a importância da manutenção regular de sistemas de gás em residências, especialmente em apartamentos com aquecedores e fogões a gás.

Até o momento, a investigação trata o caso como morte acidental. Autoridades recomendam a instalação de detectores de monóxido de carbono em imóveis e a revisão periódica das tubulações. A perda de Lidiane e Miana deixa um vazio não apenas na família, mas em toda uma comunidade que acompanhava, mesmo que à distância, a trajetória de superação e união entre mãe e filha.