Estado de saúde de Bolsonaro é revelado em boletim médico após prisão

O estado de saúde de Bolsonaro foi exposto em um boletim médico, após sua primeira noite na prisão. Mais detalhes foram expostos.
Após a primeira noite de prisão, a equipe médica de Jair Bolsonaro (PL) divulgou um boletim detalhando seu estado de saúde, neste domingo, dia 23 de novembro.
O documento confirma que o ex-presidente está clinicamente “estável”, mas lança luz sobre o episódio bizarro da tentativa de romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.
As fontes do laudo são o cirurgião-geral Cláudio Birolini e o cardiologista Leandro Echenique, que buscaram trazer mais detalhes sobre o que teria acontecido com o ex-presidente do Brasil.
Segundo os médicos, o comportamento errático de Bolsonaro na sexta-feira (21), que incluiu confusão mental e alucinações, foi provocado por uma interação medicamentosa adversa.
Com a notícia do boletim, a justificativa da defesa ganha um respaldo técnico. O documento explica que um novo medicamento, prescrito por outro médico da equipe, interagiu de forma negativa com outros medicamentos.
Estes remédios que o ex-presidente já usava para controlar as crises de soluço, geraram efeitos colaterais como desorientação e prejuízo cognitivo. Diante da situação, o uso da medicação problemática foi suspenso imediatamente.
O boletim ressalta que Bolsonaro possui “múltiplas comorbidades” decorrentes das cirurgias pós-facada de 2018 e de um quadro recente de pneumonia por broncoaspiração. Desde que foi preso preventivamente no sábado (22), o ex-presidente está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Bolsonaro foi enviado após ter sido confirmado a tentativa de violação da tornozeleira. A tentativa de violar a tornozeleira foi um dos argumentos centrais para a decretação da prisão, mas agora é atribuída a um efeito químico involuntário.
No momento, a equipe médica fará ajustes nas medicações e realizará avaliações periódicas. O laudo serve como peça-chave para a defesa tentar reverter a prisão preventiva, argumentando que o “surto” não foi uma tentativa de fuga consciente.





