Incêndio em presídio no interior de São Paulo deixa vários mortos e feridos

As causas da tragédia estão sob investigação.
Na tarde desta terça-feira, 25 de novembro, um incêndio de grandes proporções atingiu a Penitenciária de Marília, localizada no interior do estado de São Paulo, resultando em diversas vítimas.
As chamas mobilizaram equipes especializadas do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), da Força Tática, do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atuaram de forma conjunta no socorro e controle da situação.
O chamado foi feito pelo Samu às 17h20, acionando o apoio dos bombeiros para atuar dentro da unidade prisional.
Até o momento, as autoridades confirmaram sete mortes, incluindo pelo menos cinco já contabilizadas oficialmente, além de cerca de 13 pessoas feridas, algumas das quais foram vítimas de intoxicação por fumaça.

Os feridos foram encaminhados a hospitais da região por equipes de resgate, enquanto viaturas do Seviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) permanecem no local prestando apoio contínuo.
Apesar da gravidade da situação, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirmou que não houve rebelião entre os presos, e sim um conflito entre detentos, o que pode ter sido o estopim para o início do fogo.
A Polícia Militar segue apurando os detalhes sobre o que teria desencadeado o incidente. A perícia deve contribuir para esclarecer as circunstâncias do incêndio.
A Penitenciária de Marília já apresentava sinais de sobrecarga em sua capacidade. Com estrutura para abrigar até 622 detentos, a unidade já contava com mais de 1.080 presos, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela SAP.
O espaço, que possui uma área construída de 13.800 m² e opera em regime fechado, enfrenta dificuldades associadas à superlotação, fator que pode agravar a resposta a emergências internas.
A situação levanta questionamentos sobre a infraestrutura do sistema prisional e a necessidade de medidas mais eficazes para garantir a segurança de internos e profissionais em ambientes de privação de liberdade.
A superlotação e as tensões recorrentes dentro das unidades carcerárias continuam a representar um desafio estrutural e humano para a gestão pública.





