» Necropsia e DNA: corpo do pequeno Arthur será analisado no IML e não deverá ter velório

O corpo do pequeno Arthur da Rosa Carneiro, de apenas dois anos, será submetido a um exame de DNA para confirmar oficialmente a identidade. O menino foi encontrado sem vida nas margens do Rio Tibagi, na cidade de Tibagi, região dos Campos Gerais do Paraná, na manhã da última terça-feira (14). Foram seis dias de buscas intensas e de muita angústia para a família e para toda a comunidade local, que acompanhava o caso quase em tempo real pelas redes sociais e pelos noticiários.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Científica, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa, onde passará por uma análise detalhada. Os profissionais explicaram que não foi possível fazer o reconhecimento por digitais, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição — o que é comum quando há permanência prolongada na água, como neste caso, em que o corpo ficou submerso por dias.
Por conta disso, a identificação será confirmada por meio do exame genético. Apesar da análise técnica ainda não ter sido finalizada, os familiares já reconheceram o corpo como sendo o de Arthur e aguardam apenas a liberação oficial para poder sepultá-lo. Segundo pessoas próximas, a família optou por não realizar velório, decisão tomada com base nas condições em que o corpo foi encontrado e também para preservar o emocional dos pais, que estão profundamente abalados.
Encontrado por um pescador
O corpo do menino foi localizado por um pescador da região, que notou algo estranho boiando nas margens do rio, a cerca de 80 metros de onde havia sido encontrada a mamadeira de Arthur, ainda no início das buscas. Assim que percebeu o que parecia ser um corpo, o homem acionou imediatamente as autoridades. Em poucos minutos, equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil chegaram ao local e confirmaram a suspeita.
Durante quase uma semana, as buscas mobilizaram dezenas de pessoas. Além das forças oficiais, vários voluntários se juntaram aos trabalhos, muitos deles moradores da cidade e de regiões próximas. A comoção foi grande. Nas redes, centenas de mensagens de apoio e correntes de oração circularam pedindo para que o menino fosse encontrado com vida. Infelizmente, o desfecho foi trágico.
Investigação segue em andamento
O delegado Guilherme Barbosa de Lima, responsável pelo caso, afirmou que o trabalho agora se concentra em descobrir as circunstâncias da morte. A Polícia Civil e a Polícia Científica estão atuando em conjunto para apurar se Arthur caiu acidentalmente no rio ou se há indícios de algum tipo de crime. Segundo o delegado, a necropsia — exame que será realizado no IML — deverá esclarecer a causa exata da morte.
Ainda não há prazo definido para a conclusão do laudo, mas a expectativa é que os resultados iniciais saiam nos próximos dias. Enquanto isso, a cidade de Tibagi permanece em luto. Muitas pessoas que acompanharam as buscas foram até o local onde o corpo foi encontrado para deixar flores e brinquedos, em homenagem ao menino.
Moradores relatam que Arthur era uma criança alegre e curiosa, sempre vista brincando nas proximidades de casa. A tragédia, além de chocar os vizinhos, levantou discussões sobre segurança infantil em áreas próximas a rios e locais de risco.
O caso, que repercutiu em todo o Paraná, segue sob investigação. Por enquanto, as autoridades pedem cautela e respeito à dor da família. Enquanto o DNA não confirma oficialmente o que todos já temem saber, a cidade tenta encontrar consolo em meio à tristeza que tomou conta das ruas e das redes sociais.





