Policial penal, esposa e filha são encontrados sem vida dentro de casa em MG

conhecidas pela presença leve e pela alegria quase contagiante, tiveram suas vidas interrompidas de forma brutal dentro de casa.
A história, que ainda ontem dominava conversas em mercados, repartições e grupos de WhatsApp, ganhou contornos ainda mais dolorosos quando a Polícia Civil confirmou que o autor dos disparos foi o próprio pai da criança, um policial penal de 40 anos. Em seguida, ele teria tirado a própria vida. Uma sequência de acontecimentos que parece roteiro de tragédia, mas, infelizmente, é a realidade de uma família que até então era descrita como “normal”.Jogos familiares
O delegado William Fernandes, responsável pelo caso, falou à Inter TV logo após deixar o local do crime. Com um semblante visivelmente abalado, descreveu a cena encontrada pela equipe. Segundo ele, a principal linha de investigação indica que o pai efetuou dois disparos contra a esposa, dois contra a filha e, logo após, praticou o autoextermínio. Não é difícil imaginar o impacto emocional de lidar com algo tão devastador. O próprio delegado, em certo momento da entrevista, respirou fundo antes de continuar — um gesto simples que denunciava o peso humano por trás de uma função técnica.
A descoberta do crime, por sua vez, teve um enredo igualmente dolorido. Colegas de Larissa estranharam sua ausência na escola, já que ela raramente faltava sem avisar. Depois de algumas tentativas frustradas de contato, decidiram ir até sua casa. Encontraram o portão fechado e, movidos pela preocupação que só quem conhece alguém de verdade consegue sentir, arrombaram a entrada. Lá dentro, a cena que jamais esquecerão: mãe e filha sem vida em um dos quartos; o policial em outra parte do imóvel.
Com a confirmação das mortes, a escola onde Larissa trabalhava e onde Ana Luiza estudava suspendeu as atividades. A instituição, em nota pública, lamentou profundamente a partida da “criança afetuosa e participativa” e da profissional dedicada, conhecida por sempre ter uma ideia nova para melhorar o ambiente escolar. A Prefeitura de Januária também se manifestou, afirmando que a perda “fere toda a comunidade”, frase que circulou pelas redes sociais e ecoou o que muitos moradores sentiam, mas não conseguiam expressar em palavras.
A Polícia Civil agora tenta entender o que antecedeu a tragédia. Até o momento, nenhuma pista sobre possíveis conflitos ou fatores desencadeadores foi confirmada, e as autoridades reforçam a importância de tratar o caso com respeito, tanto pela família quanto pela cidade que tenta assimilar o choque.
Januária amanheceu mais silenciosa desde então. As conversas nos bares, nas esquinas e até nas salas de aula tentam encontrar explicações que talvez nunca cheguem. Por ora, fica o luto coletivo — e a difícil tarefa de seguir em frente depois de uma ferida tão profunda.





