Preocupados, médicos que estiveram com Bolsonaro expõe estado de saúde do ex-presidente: ‘Virou outra pessoa’

Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes para realizar visitas médicas após relatar fortes crises de soluço.
A equipe médica que o acompanha informou nesta sexta-feira (8) que ele está em tratamento para esofagite, utilizando dois medicamentos específicos.
Segundo os profissionais, o político apresenta sintomas como azia, queimação, tosse e soluços persistentes, sendo estes últimos o que mais o incomodam.
O quadro estaria diretamente ligado ao refluxo, que, quando se intensifica, agrava os episódios de soluço. Os médicos também explicaram que, desde o atentado a faca ocorrido em 2018, Bolsonaro passou por diversas internações, quase todas relacionadas às complicações da lesão.
Apenas um dos episódios, segundo eles, não esteve ligado ao ataque, tratando-se de um caso de erisipela. Apesar de não apresentar, no momento, complicações abdominais graves, a região ainda não é considerada normal mesmo após múltiplas cirurgias.
Os especialistas destacaram que cada intervenção cirúrgica provoca novas aderências, tornando o tratamento mais complexo. O ferimento inicial teria sido causado por uma lâmina contaminada, que perfurou o intestino.
“O ex-presidente está tomando dois remédios para esofagite. Ele apresenta sintomas como asia, queimação, soluço e tosse. O que mais o incomoda é o soluço. Quando o refluxo aumenta, aumenta o soluço. Ele era um touro antes da facada e virou outra pessoa depois”, afirmaram os médicos de Bolsonaro.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada por Alexandre de Moraes na última segunda-feira (4), sob a justificativa de descumprimento de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a decisão, o ex-presidente utilizou, de forma indireta, redes sociais de aliados, incluindo as contas de seus filhos parlamentares, para publicar mensagens com incentivo a ataques contra o STF e apoio à intervenção estrangeira no Poder Judiciário.
Uma das publicações apontadas pela Corte foi feita no perfil do senador Flávio Bolsonaro, no último domingo (4), para repercutir atos em apoio ao pai, durante uma manifestação que aconteceu no Rio de Janeiro.
Moraes ressaltou que a infração foi tão evidente que o próprio senador removeu a postagem para tentar evitar a exposição do descumprimento. O caso segue gerando repercussões tanto no cenário político quanto no jurídico.