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Terminam as buscas por Emilly Yasmyn, desaparecida á 7 dias corpo foi encontrado dentro de mata carbonizado

O corpo de Emilly Yasmyn Silva Oliveira, jovem de 24 anos que estava desaparecida desde o último domingo (30) em Teresina, foi localizado no sábado (6) em uma área de mata situada na região da estrada da Alegria, na zona Sul da capital. Segundo informações repassadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dois homens identificados como Hilton e Carlos Roberto foram presos após confessarem envolvimento direto no crime que chocou a cidade.

Natural de Petrolina (PE), Emilly trabalhava como garota de programa e havia viajado a Teresina para realizar atendimentos. No dia do desaparecimento, ela deixou a residência por volta das 18h afirmando a amigas que se encontraria com um cliente. Depois disso, parou de responder mensagens e sua localização no celular foi desligada, levantando preocupação imediata.

O delegado Jorge Terceiro, coordenador do DHPP, explicou que os suspeitos assumiram ter matado a jovem, incendiado o corpo e o ocultado em uma área afastada. A equipe de investigação, com apoio do núcleo de inteligência, conseguiu localizar o cadáver cerca de 10 quilômetros adentro da mata. “Os indivíduos foram identificados, localizados e presos. Ambos foram autuados em flagrante pelos crimes de feminicídio majorado e ocultação de cadáver”, destacou o delegado.

Devido ao avançado estado de carbonização, o corpo se encontrava em fase esquelética no momento da localização. Por isso, será necessária a realização de exame de DNA para a confirmação oficial da identidade. Mesmo assim, segundo o delegado, todos os elementos reunidos no inquérito apontam para Emilly como a vítima. Uma amiga da jovem compareceu ao DHPP levando a escova de dente que ela usava, a fim de facilitar a comparação genética. Familiares de Emilly se deslocaram para Teresina para acompanhar os desdobramentos do caso e receber orientações da polícia.

Após serem detidos, os suspeitos relataram como ocorreu o assassinato. Eles afirmaram que Emilly aceitou encontrar um dos homens para realizar um programa na tarde de domingo. Durante o encontro, houve um desentendimento a respeito do valor combinado. A discussão se intensificou e, conforme o depoimento prestado, o homem teria imobilizado a jovem com um golpe no pescoço. Na sequência, utilizou um cabo para asfixiá-la. Depois da morte, o corpo foi colocado no veículo, levado até a região de mata e queimado.

O desaparecimento da jovem havia mobilizado amigas e familiares desde o primeiro dia. Emilly chegou a compartilhar sua localização por alguns instantes, mas deixou de responder logo em seguida. As amigas procuraram imediatamente o DHPP, que então iniciou as buscas. O núcleo de desaparecidos conduziu as primeiras diligências, reunindo informações que acabaram auxiliando na prisão dos suspeitos e na descoberta do corpo.

O caso segue em investigação, e a polícia deve concluir o inquérito após a confirmação oficial da identidade da vítima por meio do exame pericial. O episódio reacende o debate sobre a vulnerabilidade de mulheres que trabalham de forma autônoma e expostas a riscos durante atendimentos particulares, além de reforçar a necessidade de mecanismos de proteção mais eficazes.