Claudia Raia gera polêmica ao dizer que deu vibrador para a filha de 12 anos: “Meu papel de mãe”

A atriz Claudia Raia voltou a ser assunto nas redes sociais nesta quarta-feira (29), após uma fala polêmica concedida em entrevista ao programa Goucha, em Portugal, viralizar no Brasil. Durante a conversa, a artista revelou ter presenteado a filha, Sophia, com um vibrador quando ela tinha apenas 12 anos, declaração que rapidamente gerou intensos debates e dividiu opiniões entre internautas. Diante da repercussão, Claudia decidiu se manifestar para esclarecer o contexto de sua afirmação e reforçar sua postura sobre educação sexual dentro de casa.
Em seu perfil oficial, a atriz explicou que suas palavras foram mal interpretadas e destacou que sempre priorizou o diálogo franco e respeitoso com os filhos. “Minha fala foi tirada de contexto. Sempre incentivei o diálogo aberto com meus filhos sobre todos os temas, incluindo educação sexual, de maneira respeitosa e adequada para cada idade. Como mãe, minha prioridade sempre foi criar um ambiente de confiança e informação. Mas entendo que cada família tem sua abordagem, e respeito isso”, escreveu, tentando apaziguar as críticas que dominaram suas publicações.
A declaração original foi feita de forma descontraída no programa português, em que Claudia discutia sobre autoconhecimento e saúde sexual. Na ocasião, ela afirmou possuir 17 vibradores em casa e contou que, quando a filha completou 12 anos, presenteou-a com um deles como forma de incentivo à descoberta pessoal. “Hoje, os vibradores são brinquedos com prescrição médica. Tenho 17 e quando a Sophia fez 12 anos, eu dei um vibrador para ela e disse: ‘Vá se investigar, vai saber do que você gosta’. Hoje é prescrição médica”, declarou durante a entrevista, arrancando risos da plateia, mas também gerando desconforto entre parte do público.
A repercussão não demorou a crescer. Nas redes sociais, muitos internautas criticaram a atitude da atriz, alegando que a idade mencionada seria precoce para a introdução desse tipo de conversa ou presente. Outros, no entanto, defenderam Claudia, apontando que sua fala escancarou um tabu ainda presente na sociedade: a falta de diálogo aberto sobre educação sexual nas famílias brasileiras. O episódio acabou reacendendo discussões sobre limites, responsabilidade dos pais e a importância de orientar os filhos em relação ao próprio corpo.
Especialistas consultados pela imprensa reforçaram que o debate sobre sexualidade deve, de fato, acontecer em casa, mas sempre de maneira adequada à idade e maturidade da criança ou adolescente. Para alguns psicólogos, o gesto de Claudia pode ter sido exagerado para a faixa etária citada, mas a essência de sua mensagem — a necessidade de abrir espaço para conversas francas — não deve ser descartada. “O maior erro das famílias é silenciar sobre esses temas. O diálogo deve existir, mas precisa ser conduzido com cautela, respeito e adaptação à fase de desenvolvimento”, explicou uma psicóloga em entrevista a um portal de notícias.
Não é a primeira vez que Claudia Raia chama atenção pelo jeito desinibido e pela franqueza em relação à vida pessoal. Ao longo de sua carreira, a atriz sempre usou sua visibilidade para abordar questões ligadas ao comportamento, à saúde da mulher e à liberdade de escolhas. Para muitos fãs, esse é justamente um dos traços que fazem dela uma figura autêntica e corajosa. Ainda assim, o episódio mostra como a fronteira entre naturalidade e polêmica pode ser tênue quando se trata de temas tão delicados.
Enquanto as opiniões seguem divididas, a fala de Claudia Raia expõe um dilema comum: até que ponto os pais devem estimular a autonomia dos filhos em relação ao próprio corpo, e qual é o momento adequado para isso? Independentemente das críticas, o episódio trouxe à tona um assunto muitas vezes negligenciado, mas fundamental para a formação das novas gerações. Ao transformar sua experiência pessoal em debate público, Claudia acabou cumprindo um papel involuntário: provocar a sociedade a refletir sobre como falar de sexualidade dentro de casa, sem preconceitos, mas também sem atropelar as etapas necessárias para cada idade.